Copa do Mundo: Maior evento futebolístico do planeta. Brasil: País mais corrupto do planeta. Quando juntos, a tendência é dar errado. Bem, não sejamos tão rudes assim, mas o Brasil está nos mostrando, à poucos dias antes da Copa, uma cara tão suja quanto a citada.
Não estou falando de política, até porque não me posiciono contra a Copa. Me refiro a um azar descomunal que ronda as delegações que vem ao Brasil. Desde o final do mês passado, a cada dois dias, um craque fica de fora do mundial.
Cada vez mais próximo da lista final do treinador, os jogadores parecem tentar dar motivos para merecerem vir à copa, mas isso por vezes, acaba dando um mau resultado. Ou seria só por azar mesmo que logo em janeiro, o craque inglês Theo Walcott rompeu os ligamentos em um lance em que estava sozinho. Até o mês que antecede o mundial, mais três desfalques importantes foram conhecidos: Kevin Strootman, da Holanda; Victor Valdez, da Espanha e o alemão Ilkay Gündögan. O lesionado espanhol Thiago Alcântara teve um revés na recuperação da lesão no joelho, e foi cortado por Vicente Del Bosque no dia 15 de maio. No dia 20 foi a vez do Chile ter sua baixa. Matías Fernandez, meia da Fiorentina, fica de fora por lesão no tornozelo. A Croácia, que já havia perdido Ivan Strinic e Ivo Ilicevic, teve de cortar Niko Kranjcar devido a um sério problema no tendão.
Times quase definidos, convocações quase todas já concluídas, mas nada é tão simples. O infeliz mundo das lesões do futebol não para, e perto da convocação final de Louis Van Gaal, a seleção holandesa perde um de seus grandes craques, Rafael Van der Vaart, com lesão na panturrilha. De agora em diante, tudo é desespero, e entra em campo o maior aliado das lesões: os amistosos. Foi em um deles que boa parte da torcida italiana pôde perder as esperanças em relação à copa. No empate com a Irlanda, uma fratura na tíbia tirou um dos principais jogadores da seleção, Riccardo Montolivo. No mesmo dia, teve choro no AT&T Stadium, nos Estados Unidos, mas foi de um mexicano. Luis Montes estava de fora da copa, logo após abrir o placar para o México contra o Equador.
Correndo contra o tempo para estar em campo no mundial, Falcão Garcia não foi mais forte que sua lesão no joelho esquerdo, e após cirurgia, não se recuperou à tempo de ser selecionado por José Pekerman e foi cortado no dia 02 de junho. O jogador nunca havia disputado uma Copa do Mundo, e não irá fazer, justamente no auge do seu potencial futebolístico. O último da lista (ao menos, por enquanto) é o astro francês Frank Ribery, que foi diagnosticado com uma lesão nas costas, e foi cortado hoje do elenco Les Bleus.
Ao todo, são 13 desfalques certamente sentidos na disputa pelo título mundial, mas o que mais preocupa, é o que ainda está por vir. Se seguirmos nesse ritmo, com essa proporção desfalque/dia, teremos ao menos mais duas lesões até o inicio da copa. Os amistosos ainda estão aí, e hoje tem Brasil.
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| Mexicano Luis Montes sai chorando de campo. Um das imagens mais marcantes pré-copa |

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