Que a Copa do Mundo tem uma mística diferente de outros jogos de futebol, isto é inegável. Mas agora pergunto, o que são esses jogos da Copa do Mundo no Brasil? Um jogo melhor que o outro. Isso que esta crônica está sendo redigida ainda sem o término da primeira rodada . Obviamente há favoritos, decepções e surpresas, aliada de fatos inusitados e exemplares.
A média de público da competição, por enquanto, é de 51.000 torcedores por partida, mostrando que o brasileiro certamente abraçou o mundial, vide as mobilizações de apoio e interação nas arquibancadas. A Copa já vai fazendo história, é a Copa no país com maior diversidade no mundo. Diversidade de etnias, de culturas, de gostos, de estilos... o que nos beneficia a ser um povo hospitaleiro. Ainda que há baderneiros ( e isso há em qualquer lugar), desorganização (também temos em qualquer lugar), entre outros fatos inusitados, a Copa aqui no Brasil, vai sendo a Copa das Copas. Assim como em todos os estádios, tivemos uma festa maravilhosa, rodeada de bons fluídos pelos deuses do futebol. Em Porto Alegre, um fato inusitado, foi a não execução dos hinos de França e Honduras, no famoso protocolo padrão FIFA, antes de jogos com organização da entidade máxima. Uns (sensacionalistas) culpam o Inter, e outros (mais ponderados), culpam a FIFA. O prefeito José Fortunatti, manifestou-se junto à Rádio Guaíba, dizendo que tal entidade estava com o poderio sobre o palco gaúcho, o que isentaria o SC Internacional de qualquer culpa, e daria a responsabilidade pela falha, para a FIFA. Fazendo valer tal manifesto, a partida foi espetacular, com goleada francesa por 3-0.
Outra história que nos chamou muito a atenção, foi a educação mostrada por torcedores japoneses, Sábado à noite, em Recife, onde a seleção nipônica perdeu para os africanos de Costa do Marfim, por 1-2. A imagem abaixo mostra um torcedor japonês juntando o lixo acumulado acerca das cadeiras. Um exemplo a ser seguido! Força Japão, além de esbanjarem carisma, esbanjam educação.
Saindo do casual, e partindo para a visão futebolística, me encantam alguns estilos e outros me decepcionam. Estou muito feliz em ver seleções africanas fazendo uso da força, da genética e da velocidade em um jogo com muita intensidade e partindo pra cima. A garra italiana, aliada à experiência e ao detalhismo que muitas vezes é abdicado em meio à um time 'brucutu' . A Alemanha que supera limites e supera uma história, dividida em duas partes. Uma nova história começou a ser escrita, a partir de 2006, com a realização do mundial neste país. A Holanda, calejada de derrotas e decepções em finais, mostrou estar com sangue nos olhos ao bater a algoz Espanha, na primeira rodada com uma vitória bárbara. Tal Espanha, que ao meu ver, tem o seu tiki taka, uma decepção. Venceu antes do prazo, de forma precoce o estilo implantado por Aragonés, que patrolou a Europa em 2006 e 2012 e conquistou o mundo em 2010. Mas a força sul-americana também não pode ser esquecida. O estilo veloz e objetivo do Chile, a vontade de Messi e todo o conjunto de Sabella, em levar a Argentina ao ápice, e o evidentemente o anfitrião, Brasil. A equipe de Scolari talvez não seja a melhor de todos os tempos, porém a vontade e ganância pela taça, é nítida. Há uma mescla de juventude e experiência.
Experiência que vem do banco de reservas, com um treinador vencedor, e faz brotar classe e exuberância da técnica de Oscar e Neymar. Creio que serão jogadores fundamentais no ataque canarinho. Na defesa, um cara que sou fã, David Luiz. Humilde, calmo, vibrante, categórico e acima de tudo, uma qualidade que sobra neste grupo, patriota!! Aguardaremos mais capítulos deste magnífico evento em nosso solo, afinal, é Copa do Mundo, e que Copa!!
Jaurí Belmonte
@jbelmonte13




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