O clima era de decisão. Acompanhei a minha excelentíssima para ver o time dela, na Arena. A primeira vez dela, na exuberante e imponente Arena gremista. Esperávamos ver futebol e é claro, uma vitória do Grêmio. Sabendo da qualidade do São Paulo, era óbvio que não seria um jogo fácil. Todos os aparatos evidenciavam o clima da torcida de adrenalina, nervosismo e empolgação. O Grêmio vinha de oito partidas sem levar gols e num momento pós convocatória de Marcelo Grohe.
O sol batendo forte na moleira dos mais de 46.441 espectadores que à Arena foram apoiar e incentivar o Grêmio, nada mais era do que um pequeno detalhe que era encobrido pela vontade de ver sua equipe ganhar. A torcida tricolor, maravilhosamente pulsava desde a pisada no primeiro degrau da arquibancada até o fim da partida. O problema que o fim, não foi como o esperado.
Arena lotada = DESASTRE.
Seja como for, é o que estamos nos acostumando a ver. Ao menos, é a tese dos mais supersticiosos. Além do mais, enfrentar 12, em sua casa ou seja onde for, é complicado demais.
O árbitro do jogo, o Sr.Felipe Gomes da Silva, provavelmente veio com alguma intenção não muito boa para com o Grêmio. Também achei ele FRACO E INCAPAZ para apitar um jogo da dimensão de Grêmio - São Paulo. Não sei se queria manchar o tabu de Grohe, que ficou 854 minutos sem levar gol. A muralha, convocada para a Seleção Brasileira na última quinta-feira, nada pôde fazer quando o árbitro de quinta categoria assinalou um penal aos 10 minutos do segundo tempo, sucessivamente convertido por Rogério Ceni, colocando o 0-1 no score da partida.
Foto: Analícia Linden | Analícia Linden Fotografias
O colegiado da partida, não tinha a MÍNIMA noção das jogadas, acompanhava de longe e foi totalmente parcial com sua vontade. Favoreceu o time visitante descaradamente. Em alguns momentos, me lembrou Sandro Meira Ricci, quando prejudicou o Internacional naquele 1-1 contra o Santos pela Libertadores 2012. Bom, esquecendo o rival eterno, mas indo à justiça, é o que sempre acontece, não é novidade.Mesmo que a grandeza sendo contrariada em vários quesitos, exceto midiáticos.
Bom, quando o assunto é jogo, o time do Grêmio perdeu porque não foi capaz de matar quando teve a oportunidade. Faltou qualidade também. Arrisco-me a dizer que em alguns momentos o São Paulo foi bem melhor. Kaká e Ganso gastaram a bola e dosaram o jogo da melhor forma. O meio campo são paulino ganhou o jogo. Não há queixas!
Gostaria de ressaltar aqui, que o Grêmio tem o novo Bruno Soneca... É Luan. Está recebendo a chance de Scolari, mas aproveitar que é bom, nada. Parece estar com a cabeça em outra dimensão. Não vai atrás da bola, ou quando vai, é molengo. Lamento muito, um jogador tão novo, ser tão fútil. Surgiu bem... pensei que iria calar minha boca após o jogo contra o Flamengo, mas não. Ainda reforço, que se Luan tivesse 1% da vontade do Pará e do Ramiro (jogadores que contesto aqui com frequência pelos inúmeros erros de passes e deficiência técnica demasiada), seria outro. O Grêmio seria outro. Não seria a incógnita persistente no campeonato nacional. Não ficaria à mercê da vontade e da coragem de alguns. Arrematar à meta adversária, é coisa que poderia ser feita com mais frequência e mais treinada. Largar um pouco o preciosismo.
Em alguns momentos da partida, o tricolor foi vítima do preciosismo e da incompetência. Foram mais de 46.000 almas pulsando, mas contra 12, complica.
O São Paulo jogou um balde de água fria no ânimo gremista. Pôs fim em um embalo de oito jornadas. Ainda há tempo para o tricolor recuperar suas forças diante da torcida, na quarta-feira contra o Sport, na Arena, às 22.00h. Jogar para ganhar, lutar até o final e arrancar os três pontos de qualquer forma, já que após a conclusão da jornada 26, ficou estagnado em 5º lugar com 43 pontos, agradecendo que o Atlético marchou para o Criciúma no interior de Santa Catarina. O São Paulo firmou-se em 3º lugar, com 46 pontos, pressionando o posto do Internacional, que caiu para o Cruzeiro ontem em BH, por 2-1.
Jaurí Belmonte
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