No Serra Dourada, 30 graus, 3.044 pessoas nas imensas arquibancadas do Serra Dourada, e aquele ambiente às moscas, presenciou uma pelada pela rodada 29. Goiás e Grêmio não atenderam às expectativas de um bom jogo em Goiânia.
Scolari tinha os desfalques importantes como Rhodolfo, Giuliano, Dudu e o capitão e artilheiro Hernán Barcos. Em compensação, contava com o retorno de Grohe que estava na Seleção Brasileira principal, e Luan e M.Biteco que estavam na Seleção Brasileira (SUB-21).
Com 8 minutos Lucas Coelho, substituto de Barcos, deu uma arrancada rumando à grande área, onde entrou cortando o zagueiro e batendo a gol, porém a finalização foi bloqueada pelo defensor Jackson.
As equipes se estudavam nos minutos iniciais. Creio que o até as equipes goianas sofrem atuando no potreirão do Serra Dourada. São dimensões superiores aos demais gramados do futebol brasileiro (110 x 78). Se matar correndo como loucos, seria vital.
Porém a partida era lenta. Sem emoção. As equipes pareciam esmorecidas com o calor. O Goiás deu uma cabeçada à meta com pouco mais de meia hora da primeira parte. Aos 38 minutos, o time gremista perdeu uma bola no ataque com o Ramiro, e na arrancada, Samuel chutou obrigando Marcelo Grohe a fazer a defesa.
No finalzinho, o Luan arrematou à meta do Renan que estava no centro do gol e fez a defesa de forma tranquila.
No mais, um primeiro tempo FRACO!!!! Indescritível. Aliás, a descrição que poderíamos dar era: HORRÍVEL. UMA PELADA.
Na segunda parte, o Grêmio teve a cobrança de um escanteio em que o Bressan perdeu a bola, arrumando um contragolpe para o Goiás, e o Thiago Mendes na cara do gol, finalizou, Grohe defendeu e a bola preciosamente saiu pela linha de fundo. Quase o gol da equipe esmeraldina.
O Goiás seguia pressionando o Grêmio que se safava por detalhes. Talvez os riscos que o Grêmio corria, era o retrato de um dos principais trunfos da equipe de Drubscky. O contragolpe rápido.
Em tempo: os escanteios do Grêmio seguiam pífios. Incrível como uma equipe de futebol profissional não consegue ter êxito em jogadas tão primordiais/importantes como os escanteios.
Thiago Mendes era uma ferramenta importante no ataque do Goiás, juntamente com o Samuel. No Grêmio NÃO HAVIA ferramenta de responsabilidade e decisão.
Aos 22 minutos da segunda etapa, Scolari sacou Ramiro e colocou Biteco no time. Ramiro tem uma vontade imensa e tenta corrigir seus erros, porém seus erros são cruciais em alguns momentos. Ainda que a altura não ajuda muito, o pequeno gigante oriundo do papo de Caxias, erra inúmeros passes. Mas torno a dizer: perto de 'alguns', compensa com a vontade que é imensa.
Aos 35 minutos, Luan fez boa jogada com Biteco, deixando o volante na cara do gol, mas o goleiro Renan estava atento e ficou com a redonda.
Logo em seguida, o Marcelo Grohe que já havia sentido um mal-estar, teve de ser substituído pelo suplente Tiago Machowski. A muralha gremista passou mal devido ao forte calor de 30 GRAUS na capital goiana.
No restante, a partida não teve atrativos. Foi uma autêntica pelada no Serra Dourada. Não entendi ainda, o motivo pelo qual Alán Ruiz não foi pro jogo. Opção de Scolari que não entendi. O time ficou sem criação.
Na modesta opinião do cara que redige esta crônica aos ilustres leitores, Scolari escalou mal a equipe. Se contentou com o pouco. Com o empate em 0-0.
Assim como faltou vontade a alguns do time. Temos que entender que as condições climáticas também atrapalham, mas para as duas equipes. Para os 22 jogadores. O Grêmio poderia ter rendido um pouco mais, ter sido menos vexatório em seu futebol apresentado. Agora é somar pontos contra o Figueirense em sua casa, na Arena, quarta-feira, às 21.00h.
Ao término da partida, o Grêmio ficou em 5º lugar com 47 pontos, na classificação provisória, aguardando os jogos do domingo.
Jaurí Belmonte

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