Um sonho interrompido. Um país mobilizado. O desespero de Galvão Bueno. O maior desastre nacional de 2014. Não, não estou falando da queda do viaduto em Belo horizonte, o motivo pelo Brasil ter perdido as esperanças essa semana foi a lesão do atacante Neymar, que o tirou da Copa.
Uma entrada violenta do lateral colombiano Zuñiga nas costas do astro brasileiro na disputa das quartas-de-final despedaçou, destruiu e arquitetou o fracasso da nossa seleção na Copa. Essa é a forma com que o mundo trata do assunto. Sensacionalismo no lado brasileiro, que sugere que a Fifa puna Zuñiga com a forca. E um falso solidarismo mascarando um sorriso obscuro do restante, afinal: a Copa acabou para o Brasil.
O futebol é imensamente o esporte mais emocionante do planeta, não por acaso, é também o mais surpreendente. Quem apostaria no Brasil depois de perder o grande craque? Assim como a França dificilmente passaria da primeira fase sem Ribery e com um bonito futebol foi até as quartas perdendo dignamente para uma geração de acimas da média alemães. Imaginem perder o Pelé durante a Copa de 62 e vence-la com gol do seu substituto na final.
O Futebol não é feito de um homem só. Neymar é diferenciado e nenhum treinador ia querer se desfazer de um jogador desses, mas nem tudo está perdido. Aliás, nada está perdido, futebol NÃO É feito de um homem só. Isso nada mais é do que falta de consideração com os outros tantos jogadores qualificados da seleção brasileira. O que o time perde em qualidade individual, pode ganhar taticamente. O leque de opções do Felipão é vasto, e jogadores como o meio campista William, do Chelsea, pedem passagem e podem ser importantes trunfos no restante da competição.
A bem da verdade é que o próximo passo do caminho para o hexa é o mais difícil até o momento. Tudo está em aberto e nem o fator casa, muito menos o brilhantismo de Neymar podem tirar os méritos da constelação de estrelas alemã. De qualquer forma já temos uma desculpinha bem brasileira para a derrota.
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